Rebeca Andrade conquista ouro e faz história para o Brasil
Conheça a história da ginasta brasileira Rebeca Andrade que se torna a primeira brasileira a subir no pódio duas vezes nas Olimpíadas em Tóquio.
Por: Marques Junior

Com apenas 22 anos, Rebeca Andrade faz história na ginástica brasileira. É a primeira atleta a conquistar mais de uma medalha nas olimpíadas.
Na prova de salto, com média de 15,083 pontos, a atleta garantiu ouro no salto das Olimpíadas em Tóquio. Em segundo lugar ficou a americana Mykayla Skinner, com 14,916. E em terceiro lugar com 14,733, subiu no pódio a sul-coreana Seojeong Yeo.
No individual geral, conquistou a medalha de prata, somando 57,298 pontos. A americana Sunisa Lee ficou com o ouro, após fazer 57,433, enquanto o bronze foi da russa Angelina Melinkova: 57, 199.
Já na prova de solo, a ginasta ficou na 5ª colocação. Ao som de “Baile de Favela” de McJoão, Rebeca fez uma belíssima apresentação, mas acabou perdendo pontos ao colocar o pé pra fora do tablado. Acabou finalizando a prova com a nota de 14.033.
A medalha de ouro ficou para a americana Jade Carey, tendo uma pontuação de 14.366, seguida pela italiana Vanessa Ferrari, com 14.2000. A russa Angelina Melnikova e japonesa Murakami Mai acabaram empatando tendo uma pontuação de 14.166, subindo juntas ao pódio para receber a medalha de bronze.
Rebeca, finalizou as Olimpíadas não só trazendo medalhas para o Brasil, mas também uma história carregada de muita superação, orgulho e inspiração para o esporte brasileiro.
“Estou muito feliz com todas as apresentações que fiz desde o primeiro dia, é uma alegria que vem de dentro para fora mesmo. Conquistei duas medalhas inéditas com muito esforço e muito suor de muita gente” disse Rebeca em entrevista na televisão.
História de Superação
Rebeca é natural de Guarulhos (SP) veio de uma família muito humilde. É filha de Dona Rosa, mãe solo e que criou mais 6 filhos.
A atleta iniciou no esporte com 4 anos através de um projeto social e acabou ficando conhecida na cidade como “Daianinha dos Santos” a campeã mundial da ginástica. Aos 9 anos, acabou se mudando para o Rio de Janeiro e representou o flamengo e assim seguir o seu sonho.
Para chegar até olimpíadas, além de ar pelas dificuldade econômicas e sociais, a atleta enfrentou 3 cirurgias no joelho. Em 2015, acabou rompendo o ligamento cruzado do joelho direito e acabou ando pela mesma cirurgia em 2015 e 2019 antes das Olímpiadas e chegou a pensar em desistir da carreira, mas o amor pela modalidade e o apoio que recebeu dos seus familiares e o do seu treinador.
Depois de tantos desafios no caminho para chegar até o pódio em Tóquio, ela sabia que não chegaria ao resultado final sozinha. “Acho que mesmo se eu não tivesse ganhado a medalha, eu teria feito história, justamente pelo meu processo para chegar até aqui”, disse, depois de levar a prata.
A realidade dos atletas por trás do pódio
Assim como Rebeca, outros atletas brasileiros enfrentam dificuldades pela falta de investimento no esporte. De acordo com a Lei de o à Informação (LAI) do Ministério da Cidadania pelo Estadão, houve um redução de 17% no orçamento total do ciclo olímpico (2017/2021).
A realidade para as mulheres é ainda mais dura, segundo o Ministério do Esporte 34,8% das meninas desistem de seguir carreira em alguma modalidade esportiva.
Outros dados levantado pelo Globo Esporte, aponta que 24 brasileiros competem com menos de R$ 1 mil de auxílio. E dos 83 atletas ganham menos de R$ 2 mil e cinco precisam fazer entregas via aplicativo para completar a renda. Para chegar até Tóquio, 41 precisaram fazer vaquinha on-line para reunir recursos.
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